Sobre ter disciplina ou sobre virar uma velhinha indígena

Por muito tempo, eu acreditei que era uma pessoa indisciplinada, desorganizada e que não se adaptava a rotinas. Dizia que era uma Virginiana fajuta, que tinha nascido na data errada. Se for analisar bem fundo, eu ainda acredito nisso. Mas estou me esforçando diariamente para mudar essa crença e esses comportamentos. Um dos piores comportamentos de quem se acredita avesso à disciplina é a procrastinação. Se você é indisciplinado, você não tem hora certa para fazer as coisas. Então, você vive apagando incêndios, fazendo tudo de última hora, quando dá tempo, o que geralmente quer dizer quando já não há tempo para fazer.

Para mim, a origem disso tudo está numa necessidade de rebeldia. Durante a adolescência, fui criando o discurso de “ninguém manda em mim e eu vou fazer o que eu quiser”. Coisas naturais da idade. Nessa época da vida, temos a grande visão de estar lutando contra um sistema ditatorial em todas as instâncias, desde a família até a escola e a sociedade em geral. Nos rebelamos contra tudo e contra todos. Estava descobrindo a minha voz no mundo e precisava, de fato, me separar dos outros e de suas opiniões, para realmente me ouvir. Lembro como era difícil saber o que eu queria quando muita gente me dizia o que fazer. Então eu precisava separar esses discursos e literalmente não ouvir as sugestões e imposições alheias para poder ouvir as minhas próprias ideias e entender o meu jeito de viver a vida e de ser no mundo.

Esse pensamento me serviu bem por uns anos, mas hoje a situação é completamente diferente. No entanto, o sentimento de rebeldia persiste em muitas coisas. É engraçado como nos agarramos a crenças antigas que não nos servem mais e nos vemos agindo como se estivéssemos vivendo há anos atrás.

Isso influencia diretamente na minha busca por uma vida saudável, com alimentação mais consciente e exercícios físicos, e também no estabelecimento de uma rotina sustentável, em que eu seja capaz de realizar todas as coisas importantes que quero realizar. Fica impossível fazer tudo isso, se você não for disciplinado. Me vi incontáveis vezes saindo da nutricionista e comprando uma barra de chocolate na farmácia logo abaixo do consultório. Comprava e comia pensando: “Ninguém vai mandar em mim, porque eu vou fazer o que quiser”. Ou, às vezes, comia a barra de chocolate antes de ir na consulta. O mais engraçado é que ela nunca tentou me obrigar a deixar de comer ou a passar a comer nada. Mas eu não estava falando isso para ela. Eu estava falando isso para mim mesma. Sempre que precisava realizar uma tarefa obrigatória (fazer trabalhos acadêmicos e profissionais, arrumar a casa, cozinhar), eu me via dizendo a mesma coisa e procrastava até não poder mais. Na verdade, eu só ficava ecoando a voz daquela adolescente rebelde, dizendo isso para os mesmos “algozes” do passado, que, na minha cabeça, me vigiavam e queriam mandar nas minhas ações. Quantas coisas eu fiz em nome dessa rebeldia, só para provar que podia fazer e “esfregar na cara da sociedade”, mesmo que ninguém visse! Que satisfação interna! Quantos danos autoinfligidos! Que coisa louca e fantástica que é a nossa mente!

O mais importante de tudo isso é reconhecer onde estamos e como fazer para mudar. Ficar ligado somente ao passado e aos porquês é cansativo e um gatilho depressivo. Você dá voltas e voltas em análises sustentadas por mil teorias e não sai do lugar. Só saímos do lugar com novos significados que trazem aprendizados para as situações que causaram sofrimento e que nos impulsionam para frente, para realizações que trazem crescimento. Vencer a minha rebeldia interna, dar um novo significado para as minhas ações diárias ligadas à disciplina, significa entender por que estou fazendo o que faço. Procuro manter a alimentação saudável, a atividade física, os trabalhos acadêmicos e profissionais em dia para agradar a alguém? Para agradar à sociedade? Para ter um corpo bonito que se encaixa num padrão e ser uma “boa pessoa” para o mundo? Nada disso tem um realmente sentido para mim. Enquanto eu continuasse pensando que estava fazendo as coisas por esses motivos, eu estava fazendo as coisas pelos outros. E a resposta para o que os outros querem, nós já conhecemos: “Ninguém manda em mim…” Ou seja, esses motivos ativavam o gatilho da rebeldia.

A questão é por que eu quero fazer essas coisas? Isso precisa estar ligado ao meu propósito de vida. Eu quero ter uma vida saudável e longa. Digo sempre que quero viver mais duas vidas pelo menos, o que me coloca na casa dos 90 a 100 anos de idade. Sinto que comecei a viver de verdade há tão pouco tempo e tenho tanto a realizar! E quero ver onde essa modernidade vai nos levar no futuro. Sério, quero estar aqui para ver as pessoas indo morar em Marte, as inteligências artificiais tomando a frente de cada vez mais tarefas, as descobertas fantásticas da astronomia e da física quântica, a erradicação de doenças, quero estar aqui para ver esse futuro! Você pode achar que a conversa agora ficou muito louca, mas, alguém duvida que, em 60 anos, estaremos vivendo todas essas coisas? Além disso, quero aprender incansavelmente, fazer incontáveis cursos, viajar pelo mundo, mudar minha visão de vida a cada experiência impactante, participar do desenvolvimento de outras pessoas, promover o crescimento alheio e escrever, escrever muito e fazer um nome com isso. São tantos sonhos, que se tornam muito grandes para uma vida curta, entende?

Eu digo que quero viver mais 60 anos num pensamento pessimista, porque eu sei que a vida que levo hoje não me permitem viajar muito em relação a isso. Com a vida que levo hoje, eu vou ter sorte de passar dos 60 anos. Por isso, preciso mudar e já! Se eu já tivesse adotado uma vida saudável desde sempre, eu podia colocar como meta passar dos 100 anos e estaria tudo bem. Porque é claro que eu quero alcançar a longevidade com qualidade de vida. Ser aquelas velhinhas sábias, com boa memória, boa saúde e boa locomoção. Engraçado é que eu me imagino como uma velhinha indígena, de cabelos brancos trançados e pele morena muito enrugada. Eu nunca serei essa velhinha indígena de pele morena por questões genéticas. Mas tudo bem! Eu aceito virar uma velhinha branquela.

Quando eu penso nesse projeto de vida louco, tudo muda de figura. Manter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, escrever diariamente, me dedicar aos estudos e ao trabalho, manter a casa limpa e arrumada, manter um bom relacionamento conjugal, com a família e com amigos – tudo se encaixa em um plano de vida maior. Nada mais é porque alguém quer por motivos que não consigo entender. Tudo está ligado ao que eu quero da minha vida. A disciplina, então, passa a ser um meio para alcançar tudo isso.

Gostaria de dizer que estou muito avançada em matéria de ter essa disciplina e que faço tudo o que planejo diariamente, mas ainda não é verdade. Ênfase no “ainda”. O importante é que estamos dando os primeiros passos. E são os primeiros passos que constroem a grande caminhada.

A vida não é simples, mas também não é complicada

A vida é complexa e, às vezes, caótica.

É comum complicarmos as coisas simples e a simplificarmos as coisas complexas — ambos erros que levam a grandes problemas.

Uso todos esses conceitos (simples, complicado, complexo e caótico) a partir de como eles são apresentados na estrutura Cynefin, criada por Dave Snowden. Os conceitos originais são mais focados em liderança empresarial, mas vou usar essas ideias para falar da vida em geral.

A vida não é simples

Contextos simples têm poucas variáveis e a solução é algo bem estabelecido como o melhor caminho para resolver aquilo. Não precisa de expertise: todos entendem o que deve ser feito e podem agir para solucionar a questão.

Estabilidade e um relacionamento claro entre causa e efeito são as principais características de um contexto simples. Aqui lidamos com linearidade, previsibilidade alta e resolução clara. Você precisa apenas fazer sentido do que acontece (entender os fatos), categorizar em “caixinhas” previamente estabelecidas e responder com uma solução já conhecida como a melhor prática para aquela situação, que é o que sempre foi feito e sempre deu certo.

Convenhamos que a maioria das situações na vida não são simples. Mas algumas coisas, de fato, são. Basta ter foco, determinação e decisão em fazer o que é preciso, que as coisas se resolvem. Se a solução é clara e possível de ser aplicada sem um conhecimento especializado, se não há muitas variáveis que influenciam umas às outras e o resultado de uma ação é bastante previsível, faça o que deve ser feito!

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Fonte: Pixabay

Muitas soluções simples que apenas demandam mais esforço e pulso firme, são deixadas de lado, criando situações que, lá na frente, já não têm uma solução tão clara e com tão poucas variáveis a considerar. Trazemos variáveis que não pertencem à situação em si, mas a outras questões que não tem nada a ver com aquilo e deixamos tudo desnecessariamente mais complexo, atrasando a resolução de algo que, no fundo, era simples.

Além de complicar coisas simples, outro perigo aqui é simplificar coisas que não pertencem a esse contexto. Quando ignoramos a complexidade de uma situação, tendemos a simplificá-la e a buscar uma solução simples — mas uma solução simples só funciona para um contexto simples. Assim, terminamos por criar uma situação caótica.

Há também o risco de nos acostumar com o simples, com um modo de agir que sempre dá certo, e não vermos nossas próprias limitações, não percebendo que é preciso mudar quando o contexto muda.

Para os próximos dias, ao se deparar com uma situação que está gerando aflição, ansiedade ou está estancando o fluxo da sua vida, pense:

  • Essa é uma situação simples, com uma solução bem evidente e resultado previsível, na qual eu posso agir para resolver?
  • Essa é uma situação complicada, com uma solução pouco evidente para leigos e que requer um conhecimento especializado para resolver?
  • Ou essa é uma situação complexa, com inúmeras variáveis que se influenciam entre si, com relação pouco evidente entre causa e efeito, em que cada passo geraria consequências inimagináveis?
Se a resposta for “sim” pra primeira questão e “não” para as outras, você já sabe o que deve fazer.

Ao longo dos próximos dias, trarei mais sobre os contextos complicados, complexos e caóticos.

Quando foi a última vez que você se ouviu?

Quando foi a última vez que você ouviu a sua voz interior? São tantas as vozes que falam alto dentro de nós que é difícil saber a quem ouvir. Fica um grande debate interno de forças antagônicas que terminam por abafar a voz que mais importa.

O que realmente queremos? O que nos faz estar aqui vivos, acordando toda manhã? As obrigações, as contas a pagar, os problemas de família, ganhar dinheiro, comprar coisas? Estamos andando em círculos, como um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Porque nenhuma dessas coisas é um propósito de vida de verdade.

Quando foi a última vez que você foi honesto consigo mesmo? Já sabemos a verdade sobre nós mesmos, sobre o que deveríamos fazer e realizar, mas preferimos não ouvir isso.

Existe um chamado dentro da nossa alma, que é a razão de estarmos aqui.

Tendemos a achar que grandes feitos de uma pessoa só foram possíveis porque se tratava de um gênio. Mas e se essa pessoa era apenas alguém comum que sabia quais eram as suas facilidades, seus dons, seus talentos, ouviu a sua voz interior e foi lá e fez? É mais fácil dizer que se tratavam de gênios, porque, do contrário, nós poderíamos estar lá fazendo também.

Cada um de nós veio a esse mundo com infinitas possibilidades de realização e desenvolvemos habilidades que a maioria das pessoas não têm. Cada um veio realizar algo que ninguém mais poderá fazer em seu lugar, porque ninguém tem a mesma soma de qualidades. E, infelizmente, a maioria de nós parte daqui sem ter realmente realizado, sem ter realmente vivido.

Não quero dizer que todos temos que fazer coisas grandiosas e ficar famosos mundialmente. A coisa grandiosa que temos que fazer é algo grandioso por nós mesmos que se resume a ouvir a nossa consciência. Existe um chamado interno que sempre esteve ali dentro de nós, desde que nos conhecemos por gente.

A coisa mais antiga que você tem deixado de fazer é a coisa que você mais deveria estar fazendo.

A boa notícia é que sempre há tempo de começar ou recomeçar. O fazer o grandioso não começa com o grande, mas com o pequeno. Um pequeno passo a cada dia em direção a esse objetivo. Quando você sabe para onde ir, é possível saber se está indo pelo caminho certo ou não. Quando você ouve a sua consciência, você encontra uma alegria única que faz toda a existência ganhar sentido.

Chuva necessária

Existe uma beleza na chuva que geralmente não percebemos. Geralmente reclamamos e queremos apenas dias de sol. Mas a natureza precisa da chuva, faz parte de seu ciclo. A nossa vida também é assim. Às vezes, precisamos de uma tempestade para liberar descargas de tensão acumulada. Às vezes, precisamos permitir uma chuvinha fina para regar o solo depois de um tempo de sol intenso de produtividade.

Cada momento na nossa vida nos ensina algo e devemos aprender com eles. Talvez estejamos longe do estágio de agradecer pelos maus momentos enquanto passamos por eles, mas podemos começar a fazer isso ao agradecer por ter passado por esses maus momentos, depois que começamos a sair deles. Tudo tem uma justa razão. Tudo tem seu tempo.

Vivemos numa sociedade que não respeita os tempos individuais, que demanda apenas produtividade, metas e resultados. Uma sociedade de intensa luz solar. Mas a luz da lua, a calma da noite, a umidade da chuva são igualmente importantes. Devemos entender os nossos momentos e nos respeitar. E nos permitir ser como somos e dar os passos como conseguimos dar.

7 lições difíceis que as pessoas geralmente aprendem tarde demais

Autor: Nicolas Cole – Tradução: Bárbara Brasileiro Leal Cristovão

Lições de vida são cheias de sabedoria porque elas geralmente têm que ser aprendidas do jeito difícil. No entanto, a parte mais difícil do processo é perceber que, às vezes, nem toda oportunidade dura para sempre. Você finalmente entende isso muito tempo depois do ocorrido.

Se possível, é melhor aprender essas coisas antes cedo do que tarde.

1. Se você quer “fazer o que ama”, você tem que trabalhar três vezes mais do que todo mundo

A maioria das pessoas não tem a chance de passar a vida fazendo o que amam. Em vez disso, elas fazem o que lhes disseram que deveriam fazer, ou o que seus pais, conterrâneos, amigos ou colegas de trabalho sugeriram que elas fizessem. Ou elas simplesmente buscam algo que não está nada perto do que seu coração quer. Mas, se você quer “fazer o que ama”, você precisa ver isso como um privilégio, não como uma expectativa. Essas pessoas não são a maioria. Então, se é isso o que você deseja verdadeiramente, você tem que trabalhar agora.

2. Por baixo da raiva está sempre o medo

Como o sábio Yoda disse: “O medo é o caminho para o lado sombrio. O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento”. Sempre que sofremos, especialmente por longos períodos de tempo, primeiro acreditamos que é por causa de algo fora de nós — algo que odiamos. E, se passarmos dessa emoção, encontraremos, por baixo do ódio, um ruído de raiva e certamente algo que guardamos por tempo demais dentro de nós. Mas, por baixo de tudo isso, está sempre o medo. O medo da perda. O medo da vulnerabilidade. O medo de se desprender. Mas, se você consegue chegar ao ponto de reconhecer o medo, você vai ver a sua sombra mais despreocupada: a compaixão. E você será capaz de seguir em frente.

3. Nossos hábitos diários formam quem somos no futuro

O que você faz hoje é mais uma ação em direção a quem você será amanhã. Quando essa ação é replicada no curso de uma semana, você começa a delinear superficialmente uma mudança. Quando a ação é replicada no curso de um mês, você começa a notar uma pequena diferença. Quando essa ação é replicada no curso de um, dois ou cinco anos, você pode não se reconhecer mais — você terá mudado completamente, naquele aspecto em particular. Não subestime o poder de cada novo pequeno hábito replicado a longo prazo. Para o bem ou para o mal, seus hábitos determinam quem, por fim, você se tornará.

4. Suas emoções demandam prática

Quando pensamos em prática, geralmente falamos em termos de habilidades. Você pratica tocar piano ou pratica jogar hockey. Mas a questão é que quem você é emocionalmente também demanda prática. Você pode praticar a humildade, você pode praticar o perdão. Você pode praticar o auto-conhecimento e o humor, tão facilmente quanto você pode praticar a raiva, o ressentimento, o drama e o conflito. Quem você é, emocionalmente, é um reflexo das coisas que você consciente (ou inconscientemente) pratica. Você não “nasceu” chateado. Você meramente praticou essa emoção muito mais do que, por exemplo, a alegria.

5. Todo mundo tem seus próprios interesses

Essa é uma frase clichê e é geralmente dita em um contexto negativo. Mas estou usando-a de forma diferente: vale a pena reconhecer que, no fim das contas, todos devemos garantir a nossa sobrevivência. Todos temos nossos sonhos, objetivos, aspirações, famílias, amigos próximos e amores, e todos queremos as mesmas coisas fundamentais. Há aqueles em quem você pode confiar, claro, mas a melhor maneira de se manter forte e tranquilo é sabendo que cada pessoa tem seus próprios interesses. Você não pode controlar os outros. Você não pode esperar que eles coloquem você antes de si mesmos. E tentar fazer isso pode funcionar por um tempo, mas eventualmente a verdade vai vir à tona. Em vez disso, faça questão de dar enfoque a ajudar os outros a seguirem em frente com seus próprios sonhos, enquanto você pede a ajuda deles para seguir em direção aos seus. O relacionamento vai se mover mais suavemente na direção certa dessa forma.

6. A conquista nunca será tão gratificante quanto a jornada

Uma coisa é planejar metas e conseguir a ajuda dos outros para que a conquista seja alcançada. Outra coisa completamente diferente é sacrificar o seu próprio bem-estar, e o bem-estar dos que estão ao seu redor, por aquele objetivo e sua realização. O topo da montanha nunca vale o desgaste emocional que se tem para chegar lá. Se você não é capaz de curtir a jornada com quem está ao seu redor, então o objetivo final se tornará sem sentido.

7. Trabalhar pesado e rir não são mutuamente excludentes

Fazendo um gancho com o item anterior, eu nunca entendi por que as pessoas sentem que rir significa não levar a sério a questão que está em jogo. As melhores ideias vêm quando estamos à vontade. O melhor fluxo de pensamentos acontece nos momentos de alegria. A conexão humana começa com o riso e rir enquanto se trabalha ou resolve um problema é estar aberto a novas possibilidades. Algumas pessoas nunca aprendem isso — elas se tornam ranzinzas e velhas. Mas a vida se resume a se divertir. E se divertir não significa necessariamente que você não vai fazer nada. Pelo contrário. Você pode se divertir e fazer mais do que jamais imaginava ser possível.

Traduzido de Business Insider. Veja a matéria original: https://flipboard.com/@flipboard/-7-tough-lessons-people-often-learn-too-/f-9096499028%2Fbusinessinsider.com

Vídeos, livros e teorias que mudaram minha vida

Quero compartilhar com vocês uma lista de 12 coisas que mudaram minha vida no último ano e acho que cada uma delas tem o poder de mudar muitas outras vidas. Então sempre é bom compartilhar.

  1. Livro “As Cinco Linguagens do Amor”, de Gary Chapman

Esse livro criou uma nova compreensão dentro do meu casamento. Com ele, aprendemos que cada um de nós pensa e age diferente e aprendemos a entender a linguagem um do outro. Obrigatório para casais e pais. A forma como as pessoas expressam e entendem o amor é diferente e pequenos ajustes nesse entendimento de si mesmo e do outro trazem grandes mudanças.

  1. Palestra sobre como superar seus limites internos

Essa foi uma das palestras mais transformadoras para mim. Ela foi o impulsionador de eu estar aqui escrevendo no blog todos os dias. A palestra é baseada no livro “A Arte da Guerra”, de Steven Pressfield, que destrincha todos os mecanismos psicológicos que criamos para impedir o nosso próprio crescimento. Se for para escolher um vídeo dessa lista, escolha esse.

  1. Livro “Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso”

Nessa live para o Facebook, eu trago os principais conceitos do livro de Carol S. Dweck e aplico para uma melhor aprendizagem de inglês (porque sou professora particular de inglês), mas a maior parte da apresentação é sobre coisas da vida em geral. Dica: pule os primeiros cinco minutos, em que só estou esperando as pessoas chegarem!

  1. Princípios da terapia de constelação familiar

Eu participei de uma sessão dessa terapia e foi realmente transformador ver questões da minha família representadas na minha frente. A teoria se baseia em três princípios que vale a pena conferir: lei da ordem, do pertencimento e do equilíbrio. Quando obedecemos essas leis, nossa vida flui. Eu vi e estou vivendo isso pessoalmente. Nesse site, há explicações bacanas sobre isso.

  1. Afirmações quânticas com sons binaurais

Neste vídeo, a coach Raquell Menezes traz afirmações poderosas para quem busca o emagrecimento. Os sons de fundo mexeram profundamente comigo e foi o começo de uma real tentativa de mudança em uma época em que eu estava muito resistente ainda. Eu ouvi esse áudio por vários dias na hora de dormir.

  1. Você pode curar sua vida: meditação de Louise Hay

Também ouvi por muitos dias esse vídeo na hora de dormir e, às vezes, acordada. Ele te encaminha por um processo de libertação do medo, da culpa, da raiva, da ansiedade e em direção ao perdão. Simplesmente, maravilhoso! Essa autora tem vários livros em que ela relaciona os sentimentos e comportamentos a doenças físicas a partir de seu trabalho de cura com milhares de pessoas.

  1. Aceitação e entrega, do livro “O Poder do Silêncio”, de Eckhart Tolle

Ainda preciso ler esse livro inteiro, porque só esses trechos foram profundamente marcantes para mim. Se você quer controlar tudo à sua volta e vive dizendo que queria estar em outra realidade, não querendo viver o que vive agora, você precisa ver esse vídeo. Várias vezes.

  1. Teoria de gestão de conflitos do Instrumento Thomas-Kilmann

Basicamente, essa teoria relata as cinco formas de ação diante de conflitos e as consequências de cada uma delas. Com isso, percebi que meus maiores problemas na vida vinham de evitar conflitos, o que gerava raiva e frustração. Infelizmente, a aula que assisti sobre isso não está disponível na internet. Aqui há uma explicação sobre cada uma das cinco atitudes, mas friso que o ideal é buscar a cooperação, em que todos ganham.

  1. Palestra sobre como gerenciar o medo de tomar uma decisão 

Essa curta e poderosa palestra ensina uma ferramenta fantástica para ajudar as pessoas a tomarem decisões difíceis. Pare de agir (ou não agir) por medo e passe a tomar decisões mais acertadas e racionais. Com esse vídeo, tive segurança em tomar algumas das decisões mais difíceis recentemente na minha vida.

  1. Documentário “Além do Cosmos”, da National Geographic

Nesse vídeo de três horas, a National Geographic traz, de maneira muito didática, as principais descobertas científicas sobre a física quântica, o espaço e o tempo e todos os desdobramentos que isso pode trazer. É de expandir a sua mente para uma realidade que não percebemos, mas que nos cerca.

  1. Palestra sobre como aprender a ouvir o outro

Nessa palestra, a apresentadora de TV americana, Celeste Headlee, compartilha 10 ensinamentos maravilhosos sobre como podemos aprender a ouvir o outro – uma habilidade cada vez mais rara nos tempos atuais. Depois desse vídeo, passei a me interessar mais em ouvir as pessoas e conhecer suas peculiaridades fascinantes.

  1. Palestra sobre o poder da ação com Paulo Vieira

Esse vídeo dá uma energizada no seu ânimo: depois dele, você quer começar a colocar em prática as mudanças necessárias para a sua vida. A partir daí podem sair alguns insights que vão realmente te levar a mudar o que precisa ser mudado. Uma frase no final dessa palestra me fez ir em busca de algo muito importante e que eu estava negligenciando: “A sua maior certeza é o seu maior problema”.

Carta

Se você pensa em desistir, calma. Eu já estive aí. Na verdade, volta e meia estou. Às vezes, parece que não existe solução para um problema e simplesmente desistimos. É mais fácil. Mas causa muito mais sofrimento depois.

É mais fácil desistir do que encarar e resolver. Eu evitava conflitos a todo custo e agora estou começando a encará-los. Se eu estou conseguindo fazer isso, você também consegue. Eu evitava tudo a ponto de nunca realmente resolver nada. Simplesmente largava mão. Não queria mais saber, depois de ter tentado tanto sem sucesso.

Dialogar e resolver conflitos é desconfortável na hora, mas depois faz você se sentir bem melhor. Pode ser difícil no começo saber se comunicar, dizer o que sente, ouvir a resposta do outro e começar uma grande discussão, quando parecia que estava tudo bem. Por que brigar se está tudo bem? Eu pensava isso e imagino que você também pense às vezes. O problema é que já não estava tudo bem e eu estava apenas maquiando a situação.

Quantos anos andando em círculos!

O ideal é que, na resolução do conflito, ambas as partes consigam o que queriam originalmente e não que uma ceda para a outra sempre. Resolver conflitos não é fácil, não é confortável e nem sempre a solução é simples de colocar em prática – mas é melhor do que simplesmente não fazer nada e ficar doente mentalmente e fisicamente, prolongando a situação.

Se você se sente sempre num beco sem saída, vim aqui dizer que existe uma saída. Na verdade, você vai ficar surpreso: existem várias saídas. Os caminhos são muitos. Siga a sua intuição e se arrisque um pouco até encontrar o que melhor se encaixa para você. Mas todos eles passam por reconhecer as suas limitações, buscar ajuda e se esforçar para melhorar. E ter paciência. Nada muda do dia para a noite. Você vai precisar ter paciência com a vida, com os outros e principalmente consigo mesmo nesse longo processo de mudança.

Desistir?

Às vezes, temos vontade de desistir de tudo. Há situações que parecem que nunca se resolvem e nos vemos andando em círculos infinitamente. É tão fácil cair nesse pensamento…

Quando isso acontece, precisamos respirar fundo e dizer para nós mesmos: “Está tudo bem”. Não podemos nos render aos comportamentos destrutivos que vêm com esse pensamento, como dormir exageradamente, comer, beber, ser agressivo com os outros…

É preciso pensar em qual é a situação que mais incomoda e o que é possível fazer para resolvê-la de verdade e não sofrer mais com isso. Será que as únicas soluções são desistir ou não fazer nada porque não há o que fazer?

Eu acredito que sempre há alguma alternativa que não seja largar tudo ou deixar como está para ver como fica. Algo precisa ser feito. O desafiador é encontrar essa solução. Mas ela não precisa ser a melhor solução possível. Ela só precisa ser uma solução. Sentir que alguma coisa muda em um cenário desolador já faz com que nos sintamos melhor.

É possível analisar algumas possibilidades e ver qual traria mais benefícios para você – e não vai ser necessariamente a mais fácil de concretizar. Para realmente mudar a sua vida, é preciso sair da zona de conforto e fazer isso quer dizer correr riscos, não saber se vai dar certo e muito provavelmente errar. Mas é errando e nos esforçando para encontrar caminhos melhores que aprendemos. Os desafios servem para nos fazer crescer e aprender novas coisas, não para nos fazer parar de caminhar.

Desafios são oportunidades de aprendizado, não testes

Desafios são oportunidades de crescimento. Desafios não são um teste do nosso valor ou da nossa capacidade. A vida não é uma eterna prova em que você deve passar com nota 10.

Muitas vezes, evitamos ou tememos os desafios. Temos medo de falhar ou de trocar o certo pelo duvidoso. No entanto, esquecemos que não temos que ser perfeitos e que o erro nos ensina, nos dá dicas de qual caminho não seguir e, com ele, podemos aprender a pensar melhor sobre qual caminho queremos tomar.

Esquecemos também que nada nessa vida é uma certeza. Tudo o que nos oferece segurança pode mudar de um dia para o outro e, de repente, não temos mais aquilo que era a nossa identidade, aquilo em que apoiamos toda a nossa vida.

Existe um perigo em se sentir seguro demais: deixar de se questionar, de buscar maneiras de melhorar e passar a achar que está tudo bem sem precisar se esforçar para fazer o seu melhor. Quando estamos seguros demais, ficamos na zona de conforto e não crescemos. É preciso ter um mínimo de segurança, um chão onde apoiar os pés, mas não podemos usar esse chão para sentar e deixar de caminhar.

É preciso estar sempre buscando novos caminhos, novos desafios, novos aprendizados. E é preciso olhar esses desafios não como uma ameaça a tudo o que você construiu ou como uma prova da sua capacidade — uma prova cujo resultado define o seu valor. “Você tem que se sair bem, senão sua vida está desgraçada para sempre!” Pare de dizer isso para si mesmo.

Os desafios são simplesmente oportunidades de aprender. Vamos apenas tentar, um passo de cada vez. Provavelmente vamos cometer erros, mas está tudo bem. Vamos aprender com eles para fazer melhor e diferente da próxima vez. Só isso. Você não precisa desistir da ideia como um todo porque não deu certo dessa vez. Você pode apenas fazer diferente na próxima. Você não precisa ser perfeito. Você só precisa ser você mesmo e dar o seu melhor.

Você não precisa provar nada para ninguém e esse livro diz por quê

Você acha que a vida é uma série de provas sobre a sua capacidade, inteligência ou talento? Você sente que está sempre sendo julgado e que precisa manter um nível de comportamento e desempenho? Você sente a pressão de ser perfeito em tudo o que faz e que o erro é inaceitável? Você já desistiu de alguma coisa por ser muito difícil completá-la? Você procrastina até o último segundo quando a tarefa é chata ou difícil demais? Você fica na defensiva e sente que está sofrendo um ataque pessoal, quando alguém faz uma crítica? Você acha que quem é talentoso, inteligente ou genial de verdade não precisa se esforçar para isso (afinal, é um dom nato) e quem se esforça demais está mostrando que não é tão bom assim? Você fica com raiva quando suas redes sociais estão cheias de fotos de viagens de amigos, enquanto você está ralando num emprego (ou buscando um)? Você não acha que merecia mais da vida, porque é uma pessoa acima da média (e claramente muito melhor do que quem tem tudo e não chega perto da sua capacidade ou talento)? Você às vezes sente que a vida é injusta, que tudo é fácil e dá certo pra todo mundo, menos pra você? Você já mentiu sobre suas capacidades ou realizações para parecer melhor do que é?

Se a resposta para alguma dessas perguntas é “sim”, você pode estar causando grandes danos a si mesmo e aos que estão à sua volta por causa de um tipo de pensamento que impede o seu crescimento. Mas não se preocupe: dificilmente alguém vai responder, com sinceridade, “não” a todas essas perguntas.

Esse tipo de pensamento faz com que o objetivo de sua vida seja sempre estar provando algo para alguém ou para si mesmo. A vida é vista como uma série de testes que avaliam sua capacidade, inteligência, talento ou qualquer outra característica que você considere inerentemente sua, aquilo que o diferencia dos demais, algo em que você já nasceu bom e não tem como melhorar, porque ninguém consegue melhorar muito nisso. Ou você nasce inteligente, com aptidão para os estudos, ou não. Ou você nasce com talento artístico ou não. Ou você nasce com um corpo propício para os esportes, combinado com uma habilidade atlética, ou não.

E, assim, cada evento será sempre um teste para provar se você é mesmo isso que acredita ser. E você precisa provar que é, afinal toda a sua identidade depende desse resultado! A menor sombra de dúvida, trazida por uma atividade que pode colocar em risco essa crença sobre si mesmo, faz você desistir. Mas o pior é que esse desafio iria levá-lo a subir de nível e iria ensiná-lo a ser realmente bom naquilo. Esse pensamento pode funcionar no sentido contrário também: tudo vai ser sempre uma prova de que você realmente é péssimo naquilo (como já lhe disseram) e não há nada que possa fazer! Você até tenta, mas sabe que não vai conseguir, no fim das contas. Então pra que tentar?

Os desafios não deveriam ser vistos como provas de suas qualidades e, sim, como oportunidades de crescimento. Os erros não deveriam ser vistos como inaceitáveis, mas como parte inerente e necessária do aprendizado. Os obstáculos não deveriam desanimá-lo e fazê-lo desistir, mas lhe dar gás para insistir até achar a melhor forma de ultrapassá-los. O esforço não deveria ser visto como infrutífero ou como uma prova de que você realmente não é bom (dentro da ideia de que os bons de verdade não precisam ser esforçar), mas deveria ser visto como um dos caminhos que levam ao crescimento.

Quando a vida é vista como um constante aprendizado, e não uma constante prova, tudo fica mais leve. Você não precisa mais provar nada para ninguém. Você pode ser apenas você mesmo e buscar sempre aprender para se melhorar. Só isso. Não parece simples? Não parece uma vida mais leve, sem esse peso do julgamento sobre os ombros?

Essas são as ideias defendidas no livro “Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso”, de Carol S. Dweck, phD em psicologia. O nome do livro é pegajoso e, só de ler o título, parece que vai ser mais um compilado de frases motivacionais de autoajuda ou fórmulas de sucesso que funcionaram muito bem para grandes CEOs e que você já sabe que não vai dar certo com você. Pelo menos, foi o que eu pensei quando vi a capa. Mas não deixe essa primeira impressão ficar: eu prometo que, se você deixar, esse livro vai mudar de verdade a sua vida. Vem comigo!

No livro, que é baseado em diversos estudos científicos e traz dezenas de casos para exemplificar seus conceitos, a autora, especialista nos campos da personalidade, psicologia social e psicologia do desenvolvimento, traz uma classificação das nossas estruturas de pensamento: o mindset fixo e o mindset de crescimento. Em inglês, “mindset” significa “um conjunto estabelecido de atitudes mantido por alguém”, de acordo com o dicionário da Oxford.

No mindset fixo, as pessoas acreditam que suas habilidades, aptidões, qualidades, capacidades ou características são muito pessoais e não é possível transformá-las demais. Além disso, acredita-se aqui que as pessoas são até capazes de aprender coisas novas, mas, na verdade, não conseguem mudar muito seu nível de inteligência, habilidade, aptidão, talento ou capacidade. O mindset fixo nos faz acreditar que somos certo tipo de pessoa e não há muito o que possamos fazer para mudar (e isso vale para os outros à nossa volta). Por fim, podemos até tentar fazer as coisas de forma diferente, mas a essência do que somos não pode se modificar de verdade. Você acredita em algumas dessas coisas? Fique de olho!

no mindset de crescimento, você não rotula as pessoas e não aceita o rótulo que vierem a dar para você. Você acredita que qualquer que seja o seu nível de inteligência, habilidade, aptidão, talento ou capacidade, sempre é possível modificá-lo bastante, através do esforço e da adoção das estratégias mais adequadas. Você acredita que as pessoas (inclusive você) são capazes de mudar substancialmente as suas habilidades, aptidões, qualidades, capacidades e características. Independentemente do tipo de pessoa que você seja, você pode mudar substancialmente e é, inclusive, capaz de modificar os elementos básicos que estão ligados ao tipo de pessoa que você é.

Em outras palavras, no mindset fixo, você tem crenças fixas sobre si mesmo e o seu objetivo é sempre parecer que é o que acredita ser. Isso pode levá-lo a fugir dos desafios (afinal, se algo tem a chance de mostrar que você não é tão bom, pra que correr esse risco?), culpar-se ou culpar os outros pelos erros, evitar o fracasso a todo custo, ficar na defensiva ou desistir facilmente diante de obstáculos mais difíceis, ignorar ou ficar com raiva de feedbacks negativos e sentir-se ameaçado pelo sucesso dos outros.

O resultado é um caminho para a acomodação e, como algumas pesquisas citadas por Dweck mostram, até do “emburrecimento”. Não é um paradoxo? Enquanto tenta provar sua inteligência, você se torna mais burro, porque deixa passar as oportunidades de aprender! As pessoas presas demais ao mindset fixo também tendem a conquistar menos do que seu potencial lhe possibilita.

Já o mindset de crescimento leva a um desejo de aprender a cada oportunidade e à tendência de abraçar os desafios (até buscá-los!), persistir ainda mais durante as maiores dificuldades, ver o esforço como o caminho para a excelência, aprender com a crítica e, como resultado, alcançar grandes conquistas, às vezes, inimagináveis e até consideradas impossíveis.

Todos temos um pouco do mindset fixo em alguma área de nossas vidas. Você pode acreditar que é possível aumentar consideravelmente seu nível de inteligência através do esforço para o aprendizado, mas pode acreditar que não tem dom artístico e que, não adianta o quanto tente, nunca será um bom pintor ou músico. Você pode acreditar que é capaz de desenvolver suas habilidades nos esportes e se sair bem melhor do que se sai hoje, mas pode achar que não tem como melhorar sua timidez e que nunca vai conseguir se sair bem em eventos sociais.

O mindset fixo está por toda a parte, enraizado em vários ditados populares e frases que ouvimos desde crianças e repetimos para nós mesmos – e, o pior, passamos para frente como verdades universais: “Pau que nasce torto, morre torto”, “filho de peixe, peixinho é”, “homem é tudo igual, só muda de nome e endereço” ou “quem pode, pode; quem não pode, se sacode”.

Que tal adotarmos alguns ditados de mindset de crescimento? “Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura”, “quem não arrisca não petisca”, “quem tem boca vai a Roma”, “de grão em grão, a galinha enche o papo” ou “antes tarde do que nunca” são apenas alguns exemplos de boas crenças ligadas a uma forma de pensar mais propensa a fazê-lo crescer.

A boa notícia é que temos como mudar nosso mindset. E o livro explica como. Depois de detalhar como os dois mindsets funcionam nos cenários de esportes, negócios, relacionamentos e educação, Dweck ensina um caminho poderoso para promover uma mudança definitiva na sua forma de pensar. Quer saber como? Leia o livro! Garanto que você não vai se arrepender.

A leitura é divertida, instigante, fácil e gostosa. Vai ser difícil você querer largar o livro, uma vez que começar! Enquanto vira as páginas, você vai se identificando com cada caso contado pela autora e certamente vai se pegar olhando para o nada e analisando momentos importantes de sua vida, pensando em como poderia ter agido diferente e ter obtido resultados melhores com um mindset de crescimento, em vez do fixo. Ainda vai olhar para grandes mágoas e aprender algo de bom que elas deixaram e, quem sabe, começar a pensar em perdoar essas pessoas (ou a si mesmo). Vai olhar com mais misericórdia para si e ver seus erros não como pecados imperdoáveis que o definem como alguém ruim, mas como degraus necessários para o aprendizado.

O que você está esperando para mudar a sua vida e das pessoas à sua volta?