Tudo é energia. Tudo é vibração.
Que tipo de energia estamos colocando no mundo?
Que tipo de vibração cultivamos à nossa volta?
Tudo o que pensamos, sentimos e falamos, e a forma como agimos cria um campo de energia que impacta tudo à nossa volta. As pessoas, os animais, as plantas, os objetos recebem essa energia que jogamos neles, simplesmente por estarmos ali ao seu lado, vivendo.
Que tipo de energia temos jogado no mundo na maior parte do dia?
Que energia buscamos para nós?
Não é para suprimir os sentimentos, dizendo que não podemos senti-los. É importante reconhecê-los e trabalhá-los. Mas, muitas vezes, nem sabemos o que estamos sentindo. Nem sabemos identificar que energia é essa. Muitas vezes, o mal-estar perdura por tanto tempo que faz parte do nosso cotidiano e nem nos damos conta de que é possível viver sem ele, que houve uma época em que não vivemos assim.
A meditação ajuda a calar os pensamentos distrativos da nossa mente e a revelar os sentimentos que estamos ignorando. Mas, no começo, pode ser desafiador. Meditar, relaxar, tirar um tempo para “não fazer nada produtivo” pode ser radicalmente contra o nosso estilo de vida, tão atribulado e corrido, cheio de coisas a fazer. Mas qual é a qualidade dessas coisas que temos feito? Será que realmente precisamos estar sempre fazendo algo? Será que precisamos preencher cada segundo do nosso tempo livre com uma atividade que nos impede de passar alguns minutos conosco mesmos?
Ficar a sós consigo mesmo é um desafio. Não queremos ouvir nossos pensamentos, não queremos nos deparar com nossos sentimentos. Mas é preciso. Senão apenas geramos energias de ansiedade, frustração, tristeza, raiva, sem nos dar conta. E, sem nos dar conta, adoecemos e adoecemos tudo à nossa volta.
Desafio você a separar cinco minutos do seu dia, mesmo que seja na hora de levantar (acorde cinco minutos antes), para apenas sentar-se, com a coluna reta e os pés no chão, fechar os olhos e prestar atenção na sua respiração. Deixe os pensamentos passarem por você e se concentre na sua respiração. Se puder, separe um tempo maior para isso. Em dias em que tem mais tempo livre, desenhe ou escreva o que vem à mente após fazer essa pequena meditação. Não se preocupe em produzir algo de grande qualidade artística ou que faça algum sentido para alguém além de você mesmo. Esse ritual leva a uma conexão maior consigo mesmo, com seu corpo, com suas emoções, com sua mente.
Vai haver dias em que você vai esquecer de fazer isso, em que não vai querer fazer, em que os barulhos externos vão incomodar e as pessoas da casa também. Não importa. Se pular um dia, faça no outro. Se deu raiva por causa das interrupções, repita no dia seguinte. Se não conseguiu se concentrar, continue fazendo por mais um dia. Se dormiu durante a meditação de hoje, faça de novo amanhã e se esforce para ficar acordado. Não aceite desculpas para desistir de si mesmo. Porque não há desculpas aceitáveis para isso.
Cinco minutos por dia. Não estou pedindo nada impossível.
A vida mal nos dá tempo para respirar, mas precisamos reagir contra isso. Podemos nadar contra a corrente frenética que carrega todos para uma vida sem satisfação, sem realização, sem sentido. Não estou dizendo isso da boca para fora, eu estou vivendo todo esse processo, com todas as suas dificuldades e contratempos, e estou dizendo que é possível vencer.
Tudo começa com você parando de fugir de si mesmo.